AS ROSAS




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As Rosas

Rosas que desabrochais, 
Como os primeiros amores, 
Aos suaves resplendores 
          Matinais; 

Em vão ostentais, em vão, 
A vossa graça suprema; 
De pouco vale; é o diadema 
          Da ilusão. 

Em vão encheis de aroma o ar da tarde; 
Em vão abris o seio úmido e fresco 
Do sol nascente aos beijos amorosos; 
Em vão ornais a fronte à meiga virgem; 
Em vão, como penhor de puro afeto, 
          Como um elo das almas, 
Passais do seio amante ao seio amante; 
          Lá bate a hora infausta 
Em que é força morrer; as folhas lindas 
Perdem o viço da manhã primeira, 
          As graças e o perfume. 
Rosas que sois então? – Restos perdidos, 
Folhas mortas que o tempo esquece, e espalha 
Brisa do inverno ou mão indiferente. 

          Tal é o vosso destino, 
          Ó filhas da natureza; 
          Em que vos pese à beleza, 
                   Pereceis; 
          Mas, não... Se a mão de um poeta 
          Vos cultiva agora, ó rosas, 
          Mais vivas, mais jubilosas, 
                   Floresceis. 
Machado de Assis

5 comentários:

  1. Poesia tão linda quanto as rosas!! beijos, lindo feriadão,chica

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  2. Maravilhosa partilha querida amiga, são tão belas como emanam tão doces aromas ,muitos beijinhos no coração querida amiga felicidades

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  3. Prachtig deze rozen Arlete, de bloemen van de liefde,
    in welke soort dan ook altijd zijn ze adembenemend MOOI.

    Heel fijn weekend,

    Groetjes,
    Josephine

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  4. Lindas rosas e poemar por aqui. Bom fim de semana. tem girassol no meu blog

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  5. Rosas sempre belas e inspiradoras de belos poemas, beijos!

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