Soneto do Amor des(coberto)

Soneto do Amor Des(coberto)


O que outrora era grande devaneio
E lágrimas de desejo ardente,
Agora, sorri por ver que o anseio
Tornou-se felicidade vivente.




Mas, ora, se tamanho turbilhão
Consegue tocar um peito antes juvenil,
Como pode um coração
Não render-se ao tom anil?

Agora brande deveras felicidade,
Cortante como espada
A ferir os peitos mais taciturnos.



Pois só se satisfaz com a quebra de céus noturnos,
Mesmo em tão tenra idade,
Os que encontram nos lençóis o amor de sua amada. 
Marcos de Sousa


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