willem Haenraents-pintor
Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
sói-me a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés
Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta
Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono
Mia Couto
Belíssimo poema! Um maravilhoso final de semana. Coloquei no blog o selinho, Oorigada ele é lindo!
ResponderExcluirBeijos
Amara
Lindíssima poesia! beijos,chica
ResponderExcluirArlete la palabra saudade no tiene traducción literal al escaños, es una palabra que me encanta porque significa muchas cosas. Lindo poema de saudade
ResponderExcluirBoa tarde Arlete, perfeito o poema e imagem, bjks tenha uma semana iluminada
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHola Arlete
ResponderExcluirPrecioso poema, gracias por compartir.
Feliz fin de semana
besitos ascension
Muito bela Arlete.
ResponderExcluirbeijinhos e bom final de semana.