para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.
És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.
Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.
Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.
Pablo Neruda, in "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada")
Um belo poema!
ResponderExcluirE esse seu cantinho é muito delicado, parabéns!
Amiga, não encontrei o mimo, mas como sou meio toupeira, se puder, me passa o link que eu venho buscar.
Fica com Deus.
Abração.
Una preciosa entrada, con un lindo poema....gracias!!!
ResponderExcluirbesitos ascension