Retrato de Mulher TristeVestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)'
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)'
Que lindo retrato de esa mujer triste Arlete .. lindo poema
ResponderExcluirQue buen gusto a la hora de elegir las letras y la pintura para tu post.
ResponderExcluirRealmente muy bonito, te dejo un fuerte abrazo, buen comienzo de semana!
Arlete,são retratos de muitas mulheres!
ResponderExcluirLindo e triste poema!
FELIZ SEMANINHA!
Beijos
Amara
Esse seu blog está tão bonito,Arlete!Parabéns pelo capricho e amei a poesia tb,super comovente retrato.bjs e boa semana,
ResponderExcluirQue lindo poema de Cecília,muito bom!
ResponderExcluirLinda semana querida!Tudo de bom!
xerOoo
Lindo!
ResponderExcluirSó podia ser de Cecília Meirelles...
E pensar que há muitas mulheres iguais a essa, não é verdade?
Òtima semana!
Bjksss
Lindo demais,Arlete. Cecília Meireles sabe retratar divinamente o íntimo da mulher.
ResponderExcluirBeijos e obrigada pela visita,flor.
Donetzka